19 de set. de 2010

Ele tinha razão...

A primeira coisa que vou dizer é que essa é 7ª ou 8ª vez que eu edito esse post. Nas outras vezes não tive coragem de postar, apenas salvava como rascunho. Apesar de saber que ninguém lerá, a vergonha prevalecia.Mas vai que algum dia alguém lê e usa a lição/moral da história e evita de "pisar com seus pés em pedras"...



“Qual de vocês, se quiser construir uma torre, primeiro não se assenta e calcula o preço, para ver se tem dinheiro suficiente para completá-la?Pois, se lançar o alicerce e não for capaz de terminá-la, todos os que a virem rirão dele, dizendo: ‘Este homem começou a construir e não foi capaz de terminar’. Lucas 14. 28-30

Tentarei descrever a análise que tenho feito a partir dos últimos acontecimentos na minha vida a partir dessa passagem bíblica.

Ela é na verdade uma parábola que Jesus contou àqueles que desejavam segui-lo, na verdade Jesus estava meio que “peneirando” a multidão: “Olha, veja bem se é isso que você quer e se teria condições de cumprir”... Talvez o contexto não seja então o ideal para minha ocasião, ainda assim ouso utilizar o conselho de Jesus, pois o trecho acima relata uma grande ( e negligenciada) verdade.

Sempre gostei de analisar os fatos a partir de conselhos do Mestre, descritos na bíblia. Faço isso na minha vida e na dos outros. Na grande maioria das vezes encontro um desacordo profundo noutras, nem tanto. Nessa ocasião trato da frustração que há em não atentar para os conselhos de Cristo.

Há algum tempo dei inicio a algumas “construções” na minha vida, bem, algumas eram “reconstruções”...Mas algo saiu terrivelmente errado. (ou não?)
O que eu fiz foi inverter a ordem do conselho: Iniciei a construção e só após não mais suportar o peso que o trabalho me trazia, assentei-me a fazer cálculos. Cheguei à conclusão que falhei.

Há relacionamentos que não posso manter.

Há projetos que não consigo prosseguir.

Há sonhos que não posso reviver.

Pelo menos não agora.

Mais ou menos uns 40 dias atrás a primeira coisa que desisti/abri mão/abandonei/desacreditei foram meus “relacionamentos virtuais” (amizades) Essa vontade me seguia já há tempos, e agora parece que está finalizada mesmo. Doeu. Mas são relacionamentos que eu não posso manter.

Há duas semanas desisti da faculdade. Isso foi o mais dolorido com certeza, não pelo diploma que eu almejava, mas principalmente pelo motivo que não relatarei aqui. Frustrei-me, e doeu.E ainda dói, me envergonha.

Antes de tudo isso, na verdade nem sei quando foi que aconteceu, desisti da igreja em que eu congregava, desnecessário dizer que doeu...Com isso perdi muito mais que um lugar pra estar aos sábados e domingos...perdi uma porção de sonhos. Eram um tanto quanto utópicos mesmo. Entretanto é um assunto que eu insisto em velar com discreta esperança.

E dessa vez é assim: Errando, que eu reconheço mais uma vez que as verdades do Cristianismo me são essenciais e que eu deveria ter prestado mais reverência a Palavra. É bem desconfortável, de certa forma humilhante. Iniciei projetos sem consultar o grande Arquiteto e fazer os cálculos necessários.

Agora eles acabam assim...incompletos e arruinados.


Há ainda a segunda parte do conselho: todos os que a virem rirão dele, dizendo: ‘Este homem começou a construir e não foi capaz de terminar’.

Quem tem me dito isso constantemente é a relativa depressão que esse desgaste me causou. Introspecção, silêncio, algumas horas da noite em claro, choro contido.

Sobre isso falarei no próximo post, em breve.

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